Luiz Felipe Scolari deixará Selecção Nacional

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Luiz Felipe Scolari afirmou que deverá deixar a Selecção Nacional após o Euro’2008, marcado para a Áustria e a Suíça.

“Depois de cinco anos e meio e de ter renovado todo um grupo de trabalho, conseguido todas as classificações possíveis, ter jogado dois Europeus e um Mundial, acho que chegou a hora da mudança de seleccionador”, disse em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo”.

O treinador que levou Portugal ao segundo lugar no Euro’2004 e ao quarto no Mundial’2006 acha que, após o Euro’2008, é altura de partir: “Um treinador tem que ficar num clube ou numa selecção no máximo três, quatro anos. É normal que aconteça a mudança”.

Antes de partir, “Felipão” quer, no entanto, dar mais uma alegria aos portugueses: “Se Portugal vai ganhar o Europeu? Estamos a trabalhar no duro e, para já, conseguimos recuperar na fase de qualificação (4-0 à Bélgica e 1-1 na Sérvia nos últimos jogos)”. “O Euro’2008 será muito difícil, mas acredito demais no grupo que montei. Vamos fazer tudo para ganhar e os adeptos portugueses sabem disso. O amor à selecção que agora é minha também voltou”, frisou o seleccionador luso.

Na entrevista, Luiz Felipe Scolari fala também de Cristiano Ronaldo: “O potencial dele é fantástico. Eu não o digo a ele para não estragar. Faço o papel de chato e fico forçando, de modo a que ele corrija os mínimos defeitos que tem”. “Faço o papel de pai, não vou falar para o Cristiano o que penso dele como jogador. Mas, será um marco no futebol de Portugal... será o melhor do Mundo.

Tem futebol para, no futuro, ir além do Figo. E vou mais longe: igualar Eusébio, que foi o melhor de todos”, frisou. Para Scolari, falta pouco ao jogador do Manchester United: “Basta continuar a ser humilde e trabalhador como é. E ainda é um menino maravilhoso, de coração grande”.

Em relação ao futuro, após o Euro’2008, o técnico afirmou que equaciona a possibilidade de regressar ao comando da selecção “canarinha” a partir da Europa. “Acho possível que um técnico brasileiro dirija a selecção desde a Europa. Cerca de 75 por cento dos convocados actuam aqui e os amigáveis também estão a acontecer aqui.

Basta o seleccionador estabelecer uma forma de trabalho e passar uma semana por mês no Brasil para acompanhar os jogos e descobrir novos atletas”, disse.

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