Finlândia 1 - Portugal 1

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Finlândia 1 - Portugal 1

Não é preciso levantar os braços para o céu para agradecer o empate frente à Finlândia, já que bastou estar com atenção ao que se passou no relvado para perceber que o ponto amealhado não foi nenhum acto divino. E, a não ser que a superação referida na véspera por Scolari tenha dado força aos jogadores lusos, afinal Portugal não está tal mal fisicamente como parecia ser o grande receio do técnico. Foi uma equipa inteligente, teve alguma sorte nos primeiros 20 minutos, mas depois mostrou futebol suficiente para assustar os finlandeses, empolgados por um início de partida fulgurante, culminado com a obtenção de um golo.

Nem tudo foi perfeito, é certo, mas a Selecção esteve a jogar em inferioridade numérica durante quase toda segunda parte e nem por isso se desmoronou. Nem mesmo quando, por razões óbvias, Scolari teve de tirar de jogo o veloz Nani, a equipa perdeu o controlo das operações. Mas tudo tem um princípio, o do jogo de ontem foi francamente mau. A defesa sentiu imensas dificuldades no jogo aéreo, Caneira tardou em justificar a aposta de Scolari em colocá-lo no flanco direito e os médios não conseguiam segurar a bola. Ou quando o faziam era de forma atrapalhada e menos própria, atendendo à pressão do conjunto nórdico. Nessa altura Portugal quase nem teve tempo para respirar e acabou por sofrer um golo.

O golo da Finlândia teve o condão de mudar a partida. Scolari queria um ponto, os nórdicos deram a ideia que estavam satisfeitos com um golo. Esvaziaram o balão ou, dito de uma forma, ofereceram a garrafa de oxigénio a Portugal, que começou a circular a bola como ainda não tinha feito e, simultaneamente, constararam a capacidad de Decofugir à marcação individual. O Mágico tomou as rédeas do jogo, Nani passou para o flanco direito e tudo pareceu simplificar-se. De tal forma que o golo de Nuno Gomes, a escassos minutos do intervalo, só poderá surpreender quem não esteja habituado a ver jogadas tão bem desenhadas. Portugal controlava claramente as operações e talvez só não tenha ido mais longe porque o árbitro austríaco decidiu acertar no critério disciplinar com Ricardo Costa, depois de ter deixado passar impunes derrubes sobre os jogadores nacionais, com particular destaque para dois lances em que Nani foi o alvo.

Colocados os pratos na balança, até nem foi nada mau. Scolari pode descansar e começar a pensar em somar sete-oito pontos nos próximos três jogos.

Ficha de jogo

Finlândia 1 - Portugal 1
Estádio Olímpico de Helsínquia
37 500 espectadores

Finlândia

GOLOS : 1-0|23' Johansson

Amarelos: 30' Litmanen |66' Heikkinen | 90'+2' Eremenko

Portugal

GOLOS: 1-1|42' Nuno Gomes

Amarelos: 35' Ricardo Costa |53' Ricardo Costa | 69'

VERMELHO: 53' Ricardo Costa

fonte: o jogo

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