Gil Vicente - A vergonha continua no futebol Português
Depois de quase três horas de discussão, os sócios do Gil Vicente aceitaram continuar a luta, votando, por maioria, uma proposta de um grupo de associados, entre os quais Constantino Lopes, ex-vice-presidente do clube que se demitiu depois do filho, Domingos Lopes, membro da Comissão Disciplinar da Liga, ter alegado incompatibilidade para votar o caso Mateus. Ficou assim aprovada, com 5927 votos a favor, 60 contra e apenas uma abstenção, a proposta que concede à Direcção do clube plenos poderes para decidir “o melhor para o clube”.
Apoiado por um ambiente entusiasta e eufórico, António Fiúza foi bem claro: “Não nos comem por lorpas; vamos continuar nos tribunais comuns e até europeus”. O presidente do Gil Vicente revelou que “se o Tribunal Administrativo se pronunciar” hoje sobre a resolução fundamentada de interesse público, apresentada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e se “der razão” ao Gil Vicente “é retirada a queixa”. Caso contrário, prometeu, o clube recorrerá para “o Tribunal Europeu”.
Cerca de cinco mil pessoas, entre os quais muitos sócios e barcelenses, participaram, num pavilhão ao rubro, com uma série de manifestações a apoiar principalmente Fiúza, na Assembleia Geral mais mediática da histórica do clube fundado em 1924. Foram necessários 55 minutos para que Fiúza expusesse todos os seus pontos de vista sobre o caso em discussão. Sempre aclamado, sempre muito apoiado, o dirigente fez o relato, exaustivo, de todo o processo. E sempre que mencionava os nomes de Gilberto Madail, Adriano Afonso, Pedro Mourão ou Cabral Ferreira, ouvia-se um estrondoso assobio em todo o pavilhão. Entre outras afirmações explosivas, Fiúza disse que “Madail é o presidente da selecção do Scolari e não o presidente da Federação”. Referiu também, a propósito das preocupações com os prejuízos pelas eventuais não participações dos clubes portugueses nas competições europeias, que “há meia-dúzia de meses” que o Gil Vicente tem as receitas bloqueadas por causa dos patrocinadores. “Quem é que tem pena do Gil Vicente? Não somos de Portugal”, questionou.
Depois, falaram todos os advogados, sem excepção, e três sócios, manifestando apoio à Direcção. O último a falar questionou Pedro Macieirinha sobre o que poderia acontecer. “Se não nos for dada razão, vamos jogar com o Feirense, sob pena de perder três pontos pela derrota e mais três de penalização”, explicou. Curiosamente, logo a seguir, foi dada a votar a proposta de um grupo de sócios, liderado por Constantino Lopes, pai do membro da Comissão Disciplinar que inicialmente alegou incompatibilidade para votar o caso Mateus e que depois voltou para votar devido à demissão apresentada pelo pai de vice-presidente do clube.
Fonte : O jogo
A vergonha continua - Gil Vicente
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
Posted by Walking at 06:17
Labels: FIFA, Futebol, Historia, liga portuguesa, Portugueses
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